Seminário debate a inserção de assistentes sociais nas escolas públicas

Assegurar que sejam avaliadas, elaboradas e executadas ações preventivas e de enfrentamento às situações emergentes que expressam violência, dificuldades interpessoais entre alunos, familiares e funcionários da escola, além das de ordem sócio-econômica que afetem os estudantes. Este é o principal objetivo do vereador Orlando Palhinha (PP) que promoveu a 3ª edição do seminário em prol da Campanha Serviço Social nas Escolas Já!. O fórum de discussões ocorreu na tarde de segunda-feira (14), no auditório do Centro de Cultura da Câmara Municipal ampliou as discussões em torno da responsabilidade e importância da presença do profissional de Serviço Social nas escolas da rede pública estaduais e municipais.

Palhinha afirma que “a sociedade clama por isso” e destaca que essa é uma causa justa e social onde as discussões estão só começando. “O seminário visa o fortalecimento da categoria para que o Município e o Estado possam reconhecer a importância da inserção deste profissional nas escolas públicas”, explicou o vereador. Segundo ele, o compromisso do assistente social vai muito mais além do que somente intervir no processo de evasão escolar dos alunos, e pode até mesmo auxiliar às famílias carentes destes estudantes nos procedimentos relacionados às obras assistenciais do governo.

O Grupo de Trabalho de Serviço Social na Educação, foi criado com a finalidade de publicizar as discussões sobre o tema, e ao mesmo tempo oferecer instrumentos para que estudantes e profissionais possam estar acompanhando e participando da construção desse momento histórico do Serviço Social na Educação, na Bahia e no Brasil. Em junho haverá um fórum onde o debate será ampliado a nível nacional.

Para a estudante Jucileide Pereira, que cursa o 5º semestre do curso de Assistência Social, na Faculdade Estácio de Sá, a presença deste profissional nas escolas é de fundamental importância, devido às diversas demandas que ocorrem nos espaços educacionais. “Hoje a violência, o índice de evasão e repetência, além de diversos outros fatores ligados à inúmeras questões sociais, clamam por um acompanhamento mais detalhado e contínuo de um profissional mais preparado técnica e emocionalmente que possa atender estas expectativas”, explicou a estudante.

Orlando Palhinha se colocou como parte integrante da luta pela conquista da garantia deste direito e confirmou o apoio da Casa Legislativa no processo das discussões. De acordo com a palestrante Tatiana Tessye, professora da Faculdade Unime Salvador, “levantar esta bandeira é fundamental, para que se possa oferecer uma educação pública de qualidade”. A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Mônica Muniz preferiu destacar que o educador não pode atuar sozinho. “O professor precisa atuar em conjunto com outros profissionais para que o processo educacional se complete. Além do assistente social, o nutricionista, o pedagogo e outros também são muito importantes”, defendeu Mônica. Durante o seminário foram disponibilizados livros e impressos oferecidos pela Editora Expressão Popular por preços reduzidos.

Além do vereador Orlando Palhinha, estiveram presentes na mesa, Marcela Silva, professora da UFRB e a coordenadora Cíntia Carvalho, representando João Carlos Bacelar, secretário de Educação do Município